Por Silene Borges
Enquanto as serpentes se entrelaçam em uma dança hipnotizante, seus corpos escamosos movem-se com uma graça que inspira admiração, formando padrões fascinantes que encantam os olhos dos espectadores. O romance e o acasalamento das serpentes se transformam em um espetáculo impressionante, em que a natureza revela sua beleza exótica e a profundidade de suas interações. Com movimentos sinuosos e olhares intensos, os parceiros se atraem com uma força poderosa, criando um laço indissolúvel que perdurará durante toda a estação de acasalamento, um período vital que assegura a continuidade da espécie e oferece uma oportunidade única de observar rituais encantadores. Cada gesto, cada movimento, carrega um significado profundo, proporcionando uma visão da incrível complexidade da vida selvagem e do poder da conexão.
No silêncio da terra, onde os passos não ecoam e o vento guarda segredos, as serpentes escrevem suas histórias de amor, sem palavras. Não há cantorias e nem brilhos cintilantes: Há apenas o rastro invisível da fêmea, deixado no chão como se fosse perfume, e do outro lado, o instinto do macho, que o segue como quem persegue um destino. Quando esses dois seres finalmente se encontram, não há precipitação. Antes se percebem, se encaram, fazem movimentos sinuosos. Um perfeito balé sem músicas, e assim, caminham para o ato de perpetuação da espécie.

















