Entre a Instabilidade e a Responsabilidade: O Legislativo como Farol em Tempos de Tempestade

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Dep Amelio Cayres Pres. Ass. Legislativa To

Dep Amelio Cayres
Pres. Ass. Legislativa To

O Tocantins navega por águas turbulentas. A instabilidade política que assola o Palácio do Governo ameaça transbordar, paralisando obras e prejudicando serviços essenciais à população. É em meio a esse cenário de incerteza que a atuação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres, emerge não como uma simples rotina institucional, mas como um exercício necessário de contenção e bom senso.

Em suas visitas aos municípios, Cayres não leva promessas vazias ou discursos inflamados. Pelo contrário, seu recado é de cautela e continuidade. São palavras que soam como um bálsamo em um ambiente intoxicado pela politicagem. Mais do que isso, são um direcionamento claro: a máquina pública não pode falhar, independentemente das convulsões no topo do Executivo.

Sua declaração em Araguaína, de que o “momento não é de campanha política e sim de trabalho”, é um raio de lucidez que deveria ser ouvido por todos os que ocupam cargos públicos. É um lembrete contundente de que a função precípua de um gestor é servir à população, e não alimentar suas ambições eleitorais em meio ao caos. Ao invocar as regras do TSE, Cayres coloca a lei acima dos interesses particulares, demarcando o terreno entre o que é dever cívico e o que é mera manobra oportunista.

O que se observa é o Poder Legislativo, sob a batuta de seu presidente, tentando assumir um papel de estabilizador e mediador. Enquanto o Executivo parece sucumbir à paralisia, o Legislativo se move, ouve prefeitos, sonda as bases e busca, na prática, evitar um colapso ainda maior. É a tripartição dos poderes funcionando como um contrapeso, assegurando que, mesmo com uma perna faltante, o Estado não desabe por completo.

Esta não é, contudo, uma defesa pessoal à figura do deputado, mas um reconhecimento de que a postura adotada é a que se espera de qualquer líder em situação de crise: serenidade, diálogo e um compromisso inabalável com o funcionamento do Estado. A verdadeira mensagem que fica para os tocantinenses é que, em uma democracia, os freios e contrapesos existem para serem acionados. E que, quando um poder fraqueja, a responsabilidade recai sobre os outros para manter o barco no rumo.

A esperança é que essa demonstração de maturidade institucional não seja um ato isolado, mas um exemplo a ser seguido. O povo tocantinense, que já suporta as dificuldades do dia a dia, merece ver seus representantes trabalhando de fato. O momento, como bem lembrado, é de união em prol do estado, não de divisão em prol de projetos pessoais. Que outros ouçam o chamado.

Por : Silene Borges
@Quato_Poder

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